O IGP-M não é a inflação do aluguel ao contrário do que muitos pensam e repetem por aí, inclusive em veículos de notícia. E alertar sobre isso é importante para empoderar inquilinos, proprietários e compradores, esclarecendo de vez um assento tão relevante para o mercado.

O IGP-M não é a inflação do aluguel porque não existe na composição de seu valor nada que afere os valores cobrados de aluguel e nem o comportamento (aumento ou diminuição) dos valores cobrados de locação.

Por exemplo, existe na composição do IGP-M uma comparação sobre o preço do cimento. Então se o cimento ficar mais caro o pessoal da FGV vai medir isso e isso vai influenciar no valor do IGP-M. 

Então, por que tantos falam erradamente que o IGP-M é a inflação do aluguel? Porque a discussão entre proprietário e inquilinos sobre o preço do aluguel precisava de alguma organização, ambos precisavam da segurança de que o aluguel não iria ficar defasado e nem que o proprietário poderia aumentar o valor de acordo com sua vontade.

Com base nisso se definiu que o aluguel seria reajustado ano a ano com base no IGP-M, mas também poderia ser por qualquer outro índice, por nenhum índice ou por uma taxa pré-fixada.

 

Como o IGP-M não é a inflação do aluguel, é preciso prestar atenção nisso.

O problema de empregar o IGP-M no cálculo do aluguel, se analisarmos de forma mais técnica, é o fato de que o IGP-M, por não ter nada relacionado ao aluguel em sua formulação, às vezes cria grandes distorções para baixo e para cima.

Preste atenção: agora mesmo o IGP-M está extremamente elevado e isso vai fazer que os aluguéis que já estão subindo nos últimos 3 anos, subam ainda mais sem que exista nenhuma razão mercadológica para isso. 

Cabe a todos nós que somos clientes do mercado imobiliário abrirmos a cabeça e discutirmos formas mais adequadas para ajustarmos os nossos contrato, visando números mais coerentes com a realidade.

Já que IGP-M não é a inflação do aluguel, o que utilizar?

Não queremos trazer respostas prontas ou definitivas para a questão, mas sim convidar a sociedade a discutir o tema. Por isso, iniciamos com a seguinte provocação:

Por que não atrelar o reajuste do aluguel à taxa Selic, por exemplo, já que no fundo o aluguel é um investimento financeiro? Ou então atrelar o reajuste do aluguel ao crescimento do PIB, afinal, quando o PIB sobre isso significa que a economia aqueceu e que provavelmente todos estão faturando mais, enquanto quando ele cai estamos todos com sérios problemas e passando por uma recessão.

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