Mais uma vez o IGP-M está desconectado da realidade do mercado com o acumulado chegando a 20,93%. Enquanto esse resultado anima proprietários de imóveis que já enxergam um grande reajuste à caminho, a realidade é bastante diferente no dia a dia dos departamentos de locação. 

Como mencionamos em outro artigo, o IGP-M não é a inflação do aluguel como muitos repetem por aí. E embora seja o índice mais utilizado pelo mercado como parâmetro para o reajuste do valor do aluguel, o contexto de locação está com uma tendência de recuo no preço do aluguel e alta vacância nas cidades. 

Recuo no preço do aluguel.

Nos últimos meses, observa-se um recuo no preço do aluguel. Segundo o “Índice FipeZap de Locação Residencial, que acompanha o comportamento do preço médio do aluguel de apartamentos prontos, encerrou outubro com queda de 0,12%, após recuar 0,31% no mês anterior. A variação em outubro foi inferior à inflação registrada pelo IPCA/IBGE (+0,86%) e pelo IGP-M/FGV (+3,23%), resultando em uma queda real do preço médio do aluguel residencial. Individualmente, o comportamento negativo do preço médio foi influenciado pela

variação em capitais como: Belo Horizonte (-0,85%), Salvador (-0,65%), Curitiba (-0,51%), São Paulo (-0,44%), Florianópolis (-0,30%) e Brasília (-0,17%).

Balanço parcial de 2020: com o retrospecto de resultados negativos nos últimos meses, o Índice FipeZap de Locação Residencial acumula uma alta de 2,01% no ano – variação inferior à inflação medida pelo IPCA/IBGE (+2,22%) e pelo IGP-M/FGV (+18,10%).” [1]

Taxa de vacância pode subir.

Enquanto o mercado está em um movimento de pagar menos pelo aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) aponta para um reajuste exorbitante. Ao contrário do que esperam os proprietários, agora é hora de negociar com calma e não perder o inquilino. 

Principalmente em um momento a taxa de condomínio veio de um longo período de alta [2], tornando ainda mais pesado o custo de moradia para o locatário. Essa combinação de fatores está aumentando a vacância de imóveis, o que aumenta a oferta de opções e consequentemente reduz ainda mais o preço do aluguel.

O que fazer em relação ao preço do aluguel?

É hora de ponderar. Sabemos que diversos proprietários imóveis fizeram sacrifícios no início da pandemia concedendo descontos para os inquilinos, e que agora buscam otimizar a renda com aluguel.

Perder o inquilino agora pode resultar em um período longo de vacância ou em um aluguel ate menor que o já praticado, por isso recomendamos uma boa conversa entre as partes neste momento, chegando a um reajuste possível que não desespere o inquilino como o IGP-M fez.

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